quarta-feira, 10 de julho de 2013

Os sonhos voltaram

Depois de algum tempo não lembrando de praticamente nada dos meus sonhos, finalmente voltei a lembrar.
Mas não sei se isso é bom.
Hoje tive dois sonhos estranhos.

1º Sonho

Havia uma lojinha simples roupa, ao lado de uma outra que não lembro o que vendia.
A lojinha foi crescendo e crescendo. O dono acabou se tornando um colega, já que eu era uma cliente assídua e acompanhei toda a evolução dos negócios.
A loja virou um sucesso. Chique. Para apessoas de elite.
Mas o dono (que eu via o rosto perfeitamente e agora não lembro de absolutamente nada) mudou seu comportamento. No inicio era muito simples e simpático, depois do sucesso, notava-se uma certa arrogância misturada a sua nova aparência. Agora ele ostentava um ar superior por cima de todo o visual cuidadosamente elaborado.
Um dia eu estava me olhando no espelho perto dos provadores, quando ouvi o dono fazer uma piada (algo como "ah se te descobrem") com o nome (impronunciável, algo de origem japonesa) de uma pessoa que estava num dos provadores, e se dirigiu a frente da loja.
Me aproximei e vi um homem lindo saindo do provador em questão. Moreno, alto e lindo. Uma cópia exata de Taylor Lautner.
Fiquei paralisada contemplando tal beleza bem ali na minha frente. Ele estava com a camisa aberta e a calça estava caindo. Inevitavelmente eu olhei e percebi algo muito estranho.
Vendo que havia descoberto seu segredo ele tentou me acalmar dizendo que podia explicar.
Na verdade, era uma mulher que transformou seu corpo para obter aquela aparência.
Eu estava completamente vidrada. O fato de ter visto um órgão sexual feminino, naquele corpo extremamente masculino, não me abalou em nada.
Nos apaixonamos ali. E lembro que depois estávamos numa praia. Muitos beijos, risos e diversão.

2º Sonho

Estava voltando para casa. Descendo a rua comprida que dava para a entrada do meu bairro. Cortando essa rua há um valão nojento. E na esquina um pequeno comercio, cujo dono me manteve ocupada cultivando uma paixonite durante um breve período da minha adolescência.
Não sei se é relevante, mas ele era casado na época (e ainda é), e sua esposa tem o mesmo nome que eu.
Enfim, eu estava descendo a rua com meus dois filhos. Mas eles eram bem menores do que são hoje (mas isso não quer dizer nada, porque para as mães os filhos sempre serão crianças).
O menino vinha do meu lado e a menina no meu colo.
Quando me assusto como que vejo no céu. Eu paro e olho abismada em todas as direções. Vários ciclones se formando.
É uma visão linda e assustadora. E eu sei que por mais que eu corra, nunca chegaria em casa a tempo de abrigar as crianças. Mesmo assim eu corro desesperada com eles.
Sou lenta com duas crianças atreladas a mim. Uma agarrada aos meus quadris e outra no colo. Mesmo assim dou o máximo de mim.
A rua esta quase vazia. Mas ainda há algumas pessoa correndo e gritando. Até que ouço alguém me indicando um caminho. Ele abre o portão e me puxa pra varanda junto com várias outras pessoas.
Minha paixonite de adolescência me deu abrigo. A porta da sala está aberta. Dou uma rápida espiada
e vejo muitas pessoas estão la dentro.
Escutamos o estrondo de coisas sendo destruídas. O céu, que estava parcialmente nublado e claro, agora tornou pavorosamente escuro.
Mesmo debaixo da cobertura a chuva nos alcança. Meus filhos agarrados a mim e eu me sentindo totalmente impotente de não poder fazer mais nada para protege-los.
Peço para deixar as crianças entrarem. Rapidamente, Branco (eu me referia a ele assim por causa da semelhança com o jogador de futebol, que por acaso eu também era apaixonada) as encaixou no meio do povo aglomerado na pequena sala.
E é aí que tudo começa a dar errado.
Eu percebo que estou sozinha com Branco e outros homens. Entre eles o dono da loja do primeiro sonho.
E todos me olham de u jeito que me dá arrepios.
O dono da loja me acusa de ter ignorado sua presença e me envolvido com "uma sapatão maldita".
E tenta me beijar. Automaticamente eu o repudio. Inconformado ele me da um tapa.
Os outros riem.
Me sinto uma deliciosa e pequena refeição diante da apreciação de meia duzia de peões famintos.
Um a um investem contra mim. E eu luto com todos. Tento resistir o máximo que posso.
Num momento de muita adrenalina eu corro e pulo o muro, mas sou atingida por dois tiros. Não tenho certeza, mas acho que foi o Branco que atirou.
Caio do outro lado do muro sangrando.Não sei exatamente onde estou ferida. Só quero sair dali imediatamente.
Consigo ficar invisível e flutuar, ainda deitada, para dentro do rio (tem um sonho que sempre se repetia, onde eu era uma bruxa muito poderosa que lutava contra as forças do mal).
Quando o bando chega la fora não entendem nada. Olham para a caçada onde eu deveria estar caída e só tem um espaço vazio. Estou lentamente seguindo o curso do rio para ficar fora do alcance daquelas criaturas.
Sinto muita dor.
Percebo que os tornados desapareceram. Mas o céu continua escuro. Parecendo noite.
Então vem a dor maior. Meus filhos!
E se usarem eles para se vingar de mim?
Não tenho como voltar lá nessas condições. Ferida e sem saber até quando meus poderes vão funcionar.
E nesse tormento o "sonho" termina.