quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Busca Inutil

      Não conseguia chorar. Há muito seus olhos se encontravam ressecados. Não havia mais lagrimas para derramar. Não depois de tanto sofrimento. Resultado provocado pela insana procura na qual baseou sua vida. Transformou-a numa jornada em busca de uma ilusão chamada amor. Como era de se esperar, não o encontrou. Não aquele amor dos livros, dos finais felizes e dos contos de fada. Este tipo de amor não existe.
     Desejou morrer. E mesmo com tal desejo rondando constantemente seus pensamentos, não havia coragem suficiente para entregar-se de bom grado a morte. Os olhos doíam. Estava quase afogando-se na lagrimas que não derramara. Quase sufocando com o choro não pranteado. Quase engasgando com gritos presos na garganta.
    Solidão. Tristeza. Dor. Se houvesse um coração, estaria sangrando. Provavelmente terminará seus dias de forma prematura e solitária. Ninguém reclamará sua ausência e brevemente cairá no esquecimento. E será como se nunca tivesse existido.